Receber uma notificação de que a sua encomenda foi retida pela alfândega causa ansiedade e dúvidas. Este artigo explica, com riqueza de detalhes e linguagem direta, as causas mais comuns da retenção, os documentos exigidos, prazos, custos, caminhos legais e modelos de contato para acelerar a liberação da sua mercadoria.
Sumário
- Causas comuns de retenção
- Documentos necessários
- Procedimento passo a passo
- Custos e tributos
- Prazos e recursos
- Perguntas frequentes
- Modelos prontos
Causas comuns de retenção
Uma encomenda pode ser retida por diversos motivos. Identificar a causa é o primeiro passo para resolver rapidamente:
- Documentação incompleta: falta de nota fiscal, dados do remetente ou peso divergente.
- Valor declarado incorreto: subfaturamento conhecido por disparar inspeções.
- Produtos proibidos ou controlados: medicamentos sem receita, baterias sem declaração, produtos com restrições de importação.
- Sazonalidade e fiscalização aleatória: campanhas de fiscalização em determinados tipos de mercadorias.
- Suspeita de fraude: embalagens adulteradas ou divergência entre o conteúdo e a descrição.
Documentos necessários
Os documentos variam conforme a natureza da mercadoria, mas em geral você precisará de:
- Documento de identificação (CPF ou CNPJ do destinatário).
- Nota fiscal ou fatura comercial (invoice).
- Comprovante de pagamento da compra.
- Procuração, quando o despacho for realizado por terceiros.
- Documentos adicionais para produtos controlados (ex.: Anvisa, Inmetro, MAPA).
Procedimento passo a passo
Abaixo um fluxo objetivo: siga os passos na ordem e não pule etapas.
- Leia a notificação: verifique código da Receita Federal, número do processo e os itens apontados.
- Contate o operador logístico (transportadora): peça o lançamento do despacho e solicite a lista de pendências por escrito.
- Reúna os documentos: tenha tudo digitalizado em PDF com boa legibilidade.
- Apresente os documentos: via portal da transportadora, e‑mail oficial ou presencialmente na unidade aduaneira quando solicitado.
- Pague taxas e tributos: gere o DARF ou guia determinada pela transportadora; guarde recibos.
- Acompanhe o processo: solicite protocolo e número de acompanhamento; anote prazos e responsáveis.
Custos e tributos
Os custos mais comuns relacionados à liberação são:
- Imposto de importação: varia conforme a natureza e o valor declarado.
- IPI, ICMS e PIS/COFINS: podem incidir dependendo do estado e da mercadoria.
- Taxa de armazenamento: cobrada pela transportadora se a mercadoria permanecer em armazém por muito tempo.
- Despesas de despacho aduaneiro: quando há contratação de despachante ou serviço especializado.
Prazos e recursos
Os prazos variam bastante. Fiscalizações podem levar de dias a semanas. Se a mercadoria for apreendida, existem recursos administrativos que dependem de análise documental e, eventualmente, de processo judicial.
Recomendações:
- Aja rapidamente para reduzir custos de armazenagem.
- Documente todas as comunicações (e-mails, protocolos, números de atendimento).
- Considere contratar um despachante aduaneiro quando houver complexidade técnica.
Modelos prontos (exemplo de e-mail para remetente)
Assunto: Encomenda retida - necessidade de documentos Olá [Nome do remetente], Minha encomenda com código [Rastreamento] está retida na alfândega por falta de documentação. Favor enviar a nota fiscal/fatura comercial detalhada e o comprovante de pagamento em anexo para que eu possa apresentar às autoridades competentes. Aguardo retorno com urgência. Atenciosamente, [Seu nome]
Conclusão
Resolver uma retenção na alfândega exige método. Com documentos corretos, comunicação organizada e ações rápidas você reduz custos e tempo de espera. Este guia oferece os passos essenciais para aumentar as chances de liberação sem surpresas.
Perguntas frequentes
Depende da fiscalização. Em casos padrão, 3–10 dias úteis. Fiscalizações específicas podem levar mais tempo.
Sim, quando autorizado. Verifique com a transportadora e leve documentos originais e comprovantes.
Declarar valor menor que o real para reduzir impostos. Prática arriscada que aumenta chances de apreensão e penalidades.